sexta-feira, 25 de outubro de 2013

My Vício.

 

Ele chegou como um vício...
És o delirium que corre nas veias...
És o desejo que não sai da minha cabeça do meu corpo da minha alma...
És minha inquietação, minha agitação, meu receio, meu desassossego infernal...
Um dos perpétuos de minha mente...
Aquele que busco...almejo
O que me acalma se tenho por perto.
O que me apazigua se aproxima.
O que me traz o alívio e o tormento...
O que me adormece ou enlouquece...
 
 
 
Saudade é uma câimbra no coração...

 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Veneno...

Como pode alguém tão bom
virar um veneno tão forte...
Sentes...?
Não, não sentes...
Esqueci-me disto.
Então embriago minha alma
Pronto...
Agora já não sinto mais!
Sou como tu
Somente VENENO...

O que?

Pensas que derramo uma lagrima?
Engana-te...
Pois derramo dezenas, centenas...Milhares!!!
Não por que sofro por ti
É por saber que.........
Ah... Tu sabes
Que tudo aquilo que senti foi amor.
E agora somente, fogo...
É corpo
É suor
É folego

Silencio...

Pois agora é meu momento
Escuto a minha voz
Percebo a minha respiração
Não sou mais por ti...
Sou por mim
Eu sou inteiramente minha!
Não quero que penses que não sei
mais amar...
Ohh... Como eu sei
Eu sei...
Eu me amo!!!
 

 

Filha de Morpheu

terça-feira, 30 de julho de 2013

.....

- Antes eu tinha uma confiança cega em ti
- Hoje em dia não é mais assim rs....

- Justo agora você vem falar em confiança, estamos no finalzinho do segundo tempo...
- Porque alguém iria estar junto com uma pessoa se não confia nela?

- Triste dizer isso... 
- Mas hoje em dia quando vc me diz "são meia noite e dez" eu olho o relógio e vejo que são mesmo meia noite e dez
- Mas antes...antigamente
- se vc me dissesse 'são vinte e cinco horas' eu nem ia questionar se existe ou não... eu ia acreditar que depois da meia noite...teria uma hora a mais rs

- Realmente é triste ouvir isso...Justo agora, soa como tanto faz...Falei pra ti que as coUsas acontecem do meu jeito e você concordou, disse que esperaria, e você vem me dizer "agora" que não confia...Já passamos desta fase

- É o tal do 'amor é cego' de que dizem...mas pior cego é aquele que não quer ver....rs

- Permita-me falar sobre confiança...  Se não consegue confiar, vai passar a vida assim... bolando teorias... imaginando situações...arrumando confusões e nada NADA disso vai ser muito útil... Uma hora isso vai cansar uma das partes e o namoro vai acabar, sem ter chances de voltar. Chega um ponto que a  capacidade de amar, vai desaparecer e simplesmente as coisas acabarão mal.
- E quando a confiança se desfaz... ela pode simplesmente não voltar nunca mais a existir... Ou pode voltar, mas... não será uma tarefa tão fácil. Se realmente ela foi embora como você diz  é melhor que você se afaste...

                                                                           Filha de Morpheu

                                  
 

sexta-feira, 14 de junho de 2013

O Corvo...

 
Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste...
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de alguém que batia levemente a meus umbrais
Uma visita, eu me disse, está batendo a meus umbrais.
É só isso e nada mais.
Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P' esquecer "em vão" ELE o meu amado, hoje entre hostes celestiais
Esse... cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!
Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!!!
Mas, a mim mesma infundindo força, eu ia repetindo,
É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isso e nada mais.
E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
Senhor, eu disse, ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi... E abri largos, franquendo-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.
A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais —
Eu o disse, o nome dele, e o eco disse aos meus ais.
Isto só e nada mais....
Para dentro estão volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
Por certo, disse eu, aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais.
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
  É o VENTO," Aahhhh.."O" vento e nada mais.
Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um CoRvO dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais.
Foi, pousou, e nada mais.
E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
Tens o aspecto tosquiado, disse eu, mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais...
Disse-me o corvo, "Nunca mais".
Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos seus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome "NUNCA MAIS".
Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e EU, sempre eu ...em meu pensamento
PeRdIdO, murmurei lento, "Amigo, amor, sonhos" — mortais
Todos — todos lá se foram. Amanhã também te vais.
Disse o corvo, "Nunca mais".
A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
Por certo... disse eu, são estas vozes usuais.
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
Era este "Nunca mais".
Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureira dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele "Nunca mais".
Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sombras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sombras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!
Fez-me então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
«Maldito!», a mim disse, deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!
Disse o corvo, "Nunca mais".
«Profeta», disse eu...profeta — ou demónio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais,
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!
Disse o corvo, "Nunca mais".
Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!, eu disse... Parte!
Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Disse o corvo, "Nunca mais".
E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha dor de um demónio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão mais e mais,
E a minh'alma dessa sombra, que no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!
 
 
The Raven  
Edgar Allan Poe
 
 
 
 
                                                Filha de Morpheu
                                       Corvos... Apetece-me TANTO...
                                                                                                    

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Não vou parar de te olhar...


A cada palavra escrita sinto q vai esgotando o tempo...
Cada silaba é como um suspiro escondido no silêncio,
pronto a ser descoberto.
Cada toque na tecla é como um olhar que congela...
Não avances,
Nem recues com  medo,
deixa-me cantar ao teu ouvido, como uma alma caridosa bailando no alcance da vida...
Respire...Respira...
Sinto meu coração esse q estremece só em ler-te.
Estas aí?
Perdoe-me por não saber falar,
Por não saber chegar ao teu coração...
Desculpe por minhas palavras ou por falta delas, as histórias muitas vezes contadas em palavras que não eram as minhas.... Respira.
Continua a respirar...
Perdoe-me pelas melodia que tocamos, eu sou sempre um tom abaixo do resto do mundo...
Através da janela do meu quarto...vejo o mundo que não vejo...

 
 

 

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Das conversas que não tivemos....


 Ontem fiquei aqui, amor....
 A tua espera
 A interrogar-me quais seriam as palavras certas...
 E se as saberia dizer...
 Mas entre todas as palavras apenas uma me vem...
 Desejo-TE!!! 
                         
             [....]

" Quando vc entrou na minha vida, poderia ter escolhido ser qualquer coisa e eu teria deixado...
Podia ter feito o que quisesse, contando que ficasse. 
Podia ter sido Amizade...^~ Teríamos sido bons amigos. Eu teria te contado todos os meus SONHOS, medos, esperanças, eXperiências, expectativas pro futuro, SaUdAdEs, mágoas, podia ter conversado com vc horas a fio sem me cansar.
Podia ter sido AtraçÃO.o....
Eu teria jogado meu charme desajeitado ( aquele-tenso ) pra cima de vc, feito piadinhas com segundas intenções, você teria rido (deliciosamente) maliciosamente com aquele seu sorriso de lado e ( juro q resistiria) e a gente teria se ajeitado em alguma cama por aí .....
Depois a falta de compromisso de nós DOIS teria acabado com as coisas...
Mas ia ficar tudo bem ...
Nada que não fosse superado
Podia ter sido paixão, algo forte...
Sei lá...
Qualquer coisa...
Mas de tudo isso, por que você escolheu ser só...
SAUDADE?"...

 Obs: Meu chapeleiro...

terça-feira, 12 de março de 2013



(...)
“Em completa desolação, olhei para o mundo lá em cima...
Vi o céu transformar-se de prata em cinza e em cor de chuva...
Até as nuvens tentavam fugir...
Vez por outra, eu imaginava como seria tudo acima daquelas nuvens, sabendo,
sem sombra de dúvida, que o sol era louro e a atmosfera interminável era um gigantesco olho azul.”


“No começo, Liesel não conseguiu dizer nada...
Talvez fosse a súbita turbulência do amor que sentiu por ele...
Ou será que sempre o tinha amado?
Era provável.
Impedida como estava de falar, desejou que ele a beijasse...
Quis que ele arrastasse sua mão e a puxasse para si...
Não importava onde a beijasse. Na boca, no pescoço, na face. Sua pele estava vazia para o beijo, esperando.”


                                                  — A menina que roubava livros, Markus Zusak.